domingo, fevereiro 8

Capítulo 2 - Sobre como a fúria de Edith se revelou após a revelação do inseto

Um dia, Edith acordou e o inseto não estava em sua caixa de fósforos estilizada com fotos de marlene dietrich e um adesivo de estrela verde que já pertenceu a um caderno da tilibra. Edith procurava o inseto, mas não o encontrou. ele não estava no formigueiro, nem no galho de figueira, e muito menos na estante de livros. quando finalmente cansou da sua busca, Edith encontrou um post it colado na geladeira:



saí com seus amigos entomologistas. volto logo após o meio-dia. não me telefone.



não tem cabimento! - pensou Edith.

Edith agora odiava os seus amigos entomologistas, desde que recebeu um telefonema as três da manhã perguntando se era da pizzaria. Edith tinha certeza de que tinha sido um trote e de que eles estavam por trás daquilo. mas não sabia como provar. o único que poderia encriminá-los estava morto e se chamava Mao Tsé Tung, em homengem ao Verdadeiro Mao Tsé Tung, que na verdade se chamava Zorro e usava uma túnica confeccionada pelo ex-terceiro secretário da Scotland Yard.
Edith esperou até doze horas e um minuto. foi quando o inseto chegou, completamente bêbado e chamando os móveis de Trotsky. Trotsky era o vizinho, que prestava serviços sociais no méxico em 1960 e agora estava em quarentena por quarenta anos, desde que voltou. segundo as autoridades, ele era suspeito de portar a gripe fridakahloidiana, que atacava barbudos.
Edith riu, mas não deixou de sentir pena do inseto, que tinha problemas com bebidas e com barbudos (os entomologistas não eram barbudos, apenas aqueles que possuíam lustrosas cabeças calvas).

nyo yppii nooiiipyy! - revelou o inseto.
oh, não! - exclamou Edith. - Vou matá-los!